A The Walt Disney Company divulgou seu relatório financeiro do terceiro trimestre do ano fiscal 2020, que cobre os meses de abril, maio e junho de 2020. O relatório é compartilhado em público pois a Disney é uma empresa que é comercializada na bolsa de valores, possuindo diversos investidores.
Já era esperado que esse relatório fiscal fosse ruim, já que os parques da empresa, que respondem por boa parte da renda do conglomerado estavam fechados de março até julho desse ano. A The Walt Disney Company registrou renda de US$11.78 bilhões, uma queda de 41.8% de comparada ao mesmo período de 2019. Para efeito de comparação, sua maior concorrente na área, a Universal, registrou uma queda de 94% em renda no mesmo período.
A Disney Cruise Line, a Adventures By Disney, os shows/musicais ao redor do mundo, os parques e hotéis Disney dos Estados Unidos, Japão e França, permaneceram fechados durante todo o período, já na Ásia, o Shanghai Disney Resort reabriu em maio e o Hong Kong Disneyland Resort voltou a receber visitantes em junho (mas fechou novamente em julho).
A área de compras e gastronomia do Walt Disney World (Orlando), Disney Springs, reabriu em maio, e o programa de time-share da empresa, o Disney Vacation Club, reabriu suas unidades no fim de junho, contribuindo um pouco com a amenização dos resultados.
De modo geral, a receita do departamento de Parques, Experiências e Produtos Disney caiu 85%, comparado ao mesmo período do ano passado, para US$1 bilhão. Deixando as lojas online da Disney com o maior faturamento dentro do departamento. Porém levando em conta os custos e investimentos do departamento, o resultado da balança aponta para um prejuízo de 2 bilhões.
Já os estúdios de cinema tiveram uma queda de 55% na entrada de caixa e de 16% na renda líquida, totalizando um saldo positivo de US$668 milhões.
O Disney+ foi o grande alívio da empresa, sua base de inscritos cresceu em mais de 24 milhões de assinantes, totalizando 57.75 milhões no fim de junho e mais de 60 milhões em agosto, uma marca invejável no concorrido setor de streaming, em menos de um ano o Disney+ já tem mais de 30% do número de assinantes que seu maior concorrente (Netflix) conseguiu em 10 anos. O ESPN+, outro serviço de streaming da Disney também ganhou destaque, atingindo 8.5 milhões de inscritos (somente nos Estados Unidos) em apenas 2 anos de operação.
Aos poucos a Disney tem se recuperado, com suas ações em alta de 16% desde o relatório do trimestre passado.
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