Procurador geral dos Estados Unidos acusa Disney de reverenciar a China

Imagem: Disney

O procurador geral americano William P. Barr realizou um discurso em Michigan (Estados Unidos) em que acusou empresas americanas como Disney e Apple de se curvarem perante o governo Chinês.

Segundo Barr, essas empresas tem ajudado o governo chinês a ganhar empatia global através uma imagem familiar em troca de lucro em curto prazo, mas que no final a ideia do China seria substituí-las. Ainda de acordo com ele, o governo chinês tem pressionado líderes de empresas americanas a promoverem políticas pró-China e sugeriu que esses executivos estariam violando as leis americanas.

William Barr ainda disse que o Partido Comunista Chinês tem aumentado seus esforços para coagir empresas americanas a advogar por seus interesses com o poder legislativo americano.

“Walt Disney ficaria decepcionado em ver que a empresa que ele fundou negocia com ditaduras internacionais contemporâneas.”

William P. Barr, procurador geral americano

Barr cita o fato da Disney autorizar oficiais do governo chinês no gerenciamento da Shanghai Disneyland, segundo ele 300 dos 11.000 funcionários do complexo são membros ativos do Partido Comunista Chinês.

Vale lembrar que a Disney não é dona da maior parte da Shanghai Disneyland, três empresas do governo Chinês são os proprietários da maior parte do complexo, então não deveria ser surpresa que o governo chinês tenha influência no Shanghai Disney Resort. E o Partido Comunista Chinês tendo o tamanho que possui, a real surpresa é que os seus afiliados somem somente 300 funcionários.

A China se tornou um grande mercado para o entretenimento mundial, afinal o país possui 18% da população mundial, naturalmente as empresas se interessam em atingir esse mercado e especialistas alertam para o fato fo governo americano querer interferir na operação dessas empresas na China.

Em 2019 as bilheterias do cinema geraram US$9 bilhões na China, comparado com os US$11 bilhões arredados em solo americano. Embora o governo chinês limite o número de filmes estrangeiros em cartaz no país, a Disney sempre consegue emplacar seus principais lançamentos.

A The Walt Disney Company não se pronunciou.

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