
Logo depois que a Shanghai Disneyland fechou os portões no final do dia, Bob Chapek, CEO da The Walt Disney Company, concedeu uma entrevista para a CNBC para comentar o futuro dos Parques Disney. A entrevista pode ser vista aqui (em inglês), e trago os principais potos abaixo.
A jornalista Julia Boorstin já começa a entrevista falando da expectativa crescente dos fãs para que os parques Disney abram suas portas e da venda dos ingressos de Xangai. Chapek responde que a Shanghai Disneyland é um parque de vendas a curto prazo, ou seja, que normalmente as pessoas não compram ingressos com muita antecedência, mas que neste caso específico quase não há mais ingressos disponíveis para a primeira semana. Ele ainda falou que a capacidade do parque está em menos de 30%, mas que se tudo correr bem essa capacidade aumentará em 5mill visitantes por semana.
Para o CEO os fãs querem retornar ao parque, pois enxergam nesse ato uma espécie de esperança de tudo voltar ao normal, ou ao “novo normal”. Ficou muito claro que a reabertura da Shanghai Disneyland está sendo um teste para os outros parques ao redor do mundo. Chapek coloca a co-responsabilidade de abrir e manter os parques abertos nos visitantes, que precisam respeitar as novas orientações para a segurança de todos.
Ao ser questionado sobre um prazo para abrir os outros parques Bob respondeu:
“Bem, nós não vamos comentar nenhuma data específica. Até um certo ponto, depende muito das diretrizes dos governos federais, estaduais e locais, dos consultores da área da saúde e dos números e capacidade dos hospitais próximos aos parques, mas é um bom indicativo que o Disney Springs irá abrir em Orlando.”
Bob Chapek, CEO da The Walt Disney Company
Ele ainda comparou com Xangai, onde o distrito de compras, Disneytown, também foi o primeiro a abrir, e a empresa observou que os visitantes cooperaram com as novas regras e isso possibilitou o avanço do plano de reabertura.
O uso de máscaras também entrou na conversa, para Chapek esse será um ponto importante para abertura dos parques americanos, já que na Ásia esse é um costume local, mas que pode ter algum tipo de resistência por parte do público nos Estados Unidos.
Chapek também comentou sobre os Estúdios Disney, que está sem estreias previstas até o lançamento de Mulan em julho, nos Estado Unidos. Para ele os cinemas não se afetaram muito com distanciamento social uma vez que na maioria dos dias eles já operam com 25% de capacidade, mas tudo dependerá de como cada operador irá gerencias os finais de semana, quando as salas tendem a lotar. Sobre como a Disney enxerga o fato de levar um dos primeiros grandes lançamentos quando os cinemas abrirem ele responde:
“Nós na Disney, somos um bando de otimistas”
Bob Chapek, CEO da The Walt Disney Company
Julia Boorstin também questionou o fato da Disney cancelar o lançamento de Artemis Fowl nos cinemas e colocá-lo diretamente no Disney+ e se a Disney pretende fazer isso com outros filmes. Para Bob Chapek o lançamento de grandes produções precisam ser feitos nos cinemas, já que eles são produzidos com essa finalidade, com essa experiência em mente. Mas que, por outro lado, saber que a Disney possui uma plataforma como o Disney+ e o sucesso que alcançou em tão pouco tempo faz desse serviço uma forma viável de realizar lançamentos também. Sobre o assunto ele concluiu que as decisões serão realizadas individualmente e que a empresa está mantendo uma postura flexível para se adaptar com o cenário atual.
Uma vez que assunto era o Disney+, a Jornalista tentou arrancar as expectativas da Disney para o serviço, já que hoje ele conta com 54 milhões de assinantes, número próximo ais 60 milhões que a empresa esperava para setembro de 2024. Chapek não quis comentar novas metas, mas confirmou o lançamento do serviço no Japão em junho, alguns países europeus em setembro e América Latina até o final do ano.
No fim da entrevista Bom Chapek comentou que Bob Iger está presente no cotidiano da empresa, uma vez que o comando da empresa passou de um para o outro durante a proliferação do coronavírus, que até então estava contido na Ásia. Chapek disse que eles estão trabalhando em conjunto e com ou outros executivos da empresa para tentar navegar essa fase sem precedentes na história da empresa.
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